sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A revolta da estagiaria cap. 2

Pra quem não conhece o capítulo 1, é aquele que andou percorrendo e-mails, com um estagiário fazendo cálculos e chegando a conclusão que um mendigo ganha bem mais que nós, pobre estagiários.
A minha revolta é um pouquinho diferente!
Participo de um grupo de discussões de um site que me cadastrei - mundo-rp.com.br - e a discussão de hoje, sobre estágios, surgiu quando o presidente da ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas) enviou um e-mail pedindo desculpas à uma associada, porque um ESTAGIARIO não enviou corretamente um arquivo.
Tipo assim, culpa TOTAL do estagiário?
Claro que não! Em primeiro lugar: todo e qualquer estágio deve ser supervisionado por um profissional da área. Obviamente isso não acontece. Hoje em dia estagiários são contratados para trabalhar como efetivos, encargados da mesma responsabilidade.
Discutiam também a partir de que semestre um aluno poderia estagiar, e alguns chegaram à conclusão que a partir do 3º é o ideal. Discordo mais uma vez! Estagio desde o primeiro semestre. Não é a faculdade que vai te ensinar tudo. Muita coisa ela nem ensina, se aprende na marra mesmo!
Outro problema, que eu considero pelo menos, é o quanto as agências de estágio são despreparadas para oferecer seu principal serviço! Experimente procurar estagiários para a sua empresa. Peça atendimento, e vão te recomendar um RP. Recepção, mais uma vez RP. Negociação, RP, Comunicação Interna, RP. MKT, RP. Vendas, RP. Gerência de Rotinas, RP.Criação de peças publicitárias, RP. Daqui a pouco até pra ajudante de limpeza vão chamar RP! Tchê, se interem do que um RP faz! Claro que na maioria dessas atividades um RP pode atuar, mas não é necessariamente o campo de trabalho dele.

A Associação, ao invés de culpar os estagiários, poderia promover a profissão, pra fazer algo de útil, ao invés de culpar estagiários por não executarem suas tarefas como seus chefes gostariam. Assim, ajudaria a todos - estagiarios e empresas contratantes - a entender suas obrigações em relação a área de atuação.

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